segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Filme "Narradores de Javé"


VI ENCONTRO
Atividades: Assistir ao filme “Narradores de Javé” e analisar a partir de roteiro.
Data: 20/07/2009
Local: Centro Cívico Cultural Adelina Dias

Sinopse do filme NARRADORES DE JAVÉ
O filme relata a história do povoado de Javé, que será submersa pelas águas de uma represa. E a única chance da cidade não sucumbir, é se possuir um patrimônio histórico de valor científico. Os moradores de Javé se reúnem e apontam as histórias que o povo conta como o único patrimônio do povoado. Assim, decidem escrever um livro sobre as grandes histórias do Vale do Javé, mas poucos da cidade sabem ler e escrever. O mais esclarecido é o carteiro Antônio Biá, que se torna o responsável por reunir as histórias sobre a origem de Javé.A memória oral do povoado é ilustrada com muito humor e com ares bem nordestino.
O elenco do filme conta com importantes nomes do cinema nacional como José Dumont (Antônio Biá), Matheus Nachtergaele, Nelson Xavier e NelsonDantas. Narradores de Javé foi eleito o melhor filme do Festival do Rio, segundo o júri popular e o oficial, e o melhor filme e o melhor roteiro no 3º Festival Internacional do Filme Independente de Bruxelas. No elenco estão José Dumont, Nelson Xavier e Mateus Nachtergaele, entre outros. A direção é de Eliane Caffé.


ROTEIRO PARA ANÁLISE
Filme: Narradores de Javé
Aspectos a serem analisados:

1.O que significa o papel de “escriba”?
2.Qual o papel do escriba naquela comunidade?
3.Analise os traços de oralidade daquela comunidade e a função do escriba.
4.Qual a relação entre oralidade e escrita?
5.Analise as práticas de letramento e de alfabetização daquela comunidade.
6.Como você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme?
7.Em que atividade práticas, no contexto da sala de aula, você exerce o papel de escriba?
8.Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita?
9.Qual a função social que a escrita exerce no contexto do filme?
10.Quais as relações de poder estabelecidas pelas personagens diante das práticas de escrita?

♥Recepcionadas as colegas no Centro Cultural, com pipocas, começamos assistir ao filme, tendo-se em vista o longo trabalho que ainda tínhamos pela frente e a baixa temperatura no momento. Acima nosso grupo no auditório.
Após nos dirigimos para outra sala e realizamos a análise do filme, com um gostoso chimarrão e um café bem quente.

Análise realizada pelo grupo:

“No filme, o escriba era alguém responsável por relatar os fatos contados por aquela comunidade, ele era aquele que escrevia e, consequentemente, tinha o poder de conduzir a própria história. Era quem tinha competência para escrever a história contada pelos moradores, de maneira a transpor para uma linguagem culta, tendo-se em vista de que o povo utilizava uma fala característica daquela região, sua linguagem era coloquial, usavam muitos ditados populares e jargões.
O escriba, Antonio Biá, já sabia distinguir um fato acontecido do escrito, portanto, as falas daquele povo não precisavam ter formas, mas na escrita sim, sendo ela de grande importância dentro deste contexto. No filme, o menino que leu representou os jovens, os que são alfabetizados e o escriba dominava a leitura e a escrita, era letrado. O povo tinha um conhecimento da cultura local, uma sabedoria popular, mas não tinha uma história registrada nos moldes científicos, segundo eles.
Quanto às práticas de letramento, essas praticamente inexistiram dentro do filme. Biá, sendo o único adulto que sabia ler e escrever achava-se importante, mas sabia que não conseguiria salvar Javé. A relação entre a oralidade e a escrita foi conflitante, mas com muitas reflexões.
Como educadores, exercemos o papel de escriba, quando proporcionamos momentos de leitura e escrita que levem nosso aluno ao letramento, e não sendo, nós, detentores do saber.
No filme a função social da escrita foi apresentada durante todo o enredo, pois o local teria sido preservado se a história daquele povo tivesse sido escrita, se houvesse esse patrimônio.
Antonio Biá, sendo o único capaz de escrever a história daquele povo, era o soberano, detinha o poder, enquanto os moradores mal sabiam falar e muito menos escrever. No final da história, o escriba coloca que de nada adiantaria um livro sobre a história de Javé naquele momento, pois havia algo mais poderoso do que isso, que era o Progresso.”
Finalizando o encontro desta noite, o grupo discutiu sobre o uso do filme com as turmas de 7ª e 8ª séries, porém, conversando com outras colegas do Gestar II, pensamos que ele pode ser trabalhado perfeitamente com todas as nossas turmas das séries finais do Ensino Fundamental, sendo bem preparado e conduzido conforme a série, sugestão esta a ser discutida no próximo encontro.

Leitura e Processos de Escrita I


V ENCONTRO
Oficina 7 – Unidade 13 e 14

O V encontro ocorreu no dia 18 de julho de 2009, iniciando às 8h, na sala de supervisão da SMEC, num sábado, muito frio, porém com um grupo bem caloroso.
Inicialmente cada cursista recebeu a pauta com as atividades propostas para a Oficina, que abordou o tema a partir dos estudos das Unidades 13 (Leitura, escrita e cultura) e 14 (O processo da leitura) do TP4 – Leitura e Processos de Escrita I.
Acolhendo as colegas, assistimos ao vídeo do Yutube: O que é letramento?, bem como, cada colega recebeu essa mensagem escrita.


Em seguida, retomamos os conteúdos das Unidades em questão, do TP4, , realizando as discussões, onde, primeiramente deixei que cada colega expusesse suas anotações e fui complementando com os pontos que penso serem relevantes, abaixo especificados:
♥ A leitura e a produção de textos, na realidade, são dois pontos do objetivo principal do ensino e aprendizagem da língua portuguesa na escola;
♥A leitura e a escrita são atividades de comunicação e são utilizadas com funções diferenciadas também da oralidade. Essas situações são partes da ultura(...temas locais) ao mesmo tempo em que a constroem historicamente. (pág.31)
♥ Recentemente entrou nos estudos sobre linguagem, e que, para nós ainda precisa ser clareado, é o letramento, que considera tanto a escrita como a leitura como práticas sociais e é a base para todo o ensino a partir de textos;
♥ É Importante sabermos a diferença entre ser Alfabetizado e ser Letrado. A pessoa alfabetizada é aquela que conhece as letras, sabe ler e escrever, mas ainda não faz com muita desenvoltura o uso social da escrita. Sabe meramente codificar e decodificar as palavras. Já a pessoa letrada é aquela que sabe ler nas entrelinhas, ou seja, tem capacidade de decodificação, de compreensão de vários materiais escritos. Sabe relacionar e integrar partes do texto, deduzir informações implícitas, de refletir sobre os sentidos do texto – captando as intenções e pistas deixadas pelo autor, como também, assim, gerar mais sentidos para o texto. Enfim, saber o uso social das letras.

♥ A partir dos slides criados pela colega do Gestar II, Luiciane Faccio, retomamos os conceitos de cultura, valorização cultural e cultura popular brasileira, iniciando com mensagem de Carlos Drummond.
♥ Uso de dicionário – é fundamental, mas o aluno tem que desenvolver capacidade de fazer inferências sem recorrer muito a ele.
♥ Incentivo ao trabalho com textos literários e não-literários.
♥ Na escola, nem sempre (ou poucas vezes) os objetivos de leitura dos alunos são fortes e claros como o dos professores. Nosso desafio é ajudar nossos alunos a terem necessidade de ler, buscar com eles as razões verdadeiramente pessoais para saber alguma coisa, ou viver determinada experiência, por meio da leitura.(pág.89)
♥ O conhecimento prévio (necessário ser ativado)constituído por todos os nossos saberes, incluindo valores, é fator decisivo no interesse pelo texto e na sua compreensão
Retomamos, em especial, a necessidade do professor em criar em sala de aula eventos de letramento, levar o aluno a ver a importância do ato de ler e escrever. Após, realizamos a leitura do texto: “Produção escrita: um paradigma do letramento no ensino” .(Fonte: Internet) A partir deste contexto, as cursistas apresentaram os relatos das atividades realizadas em sala de aula.
Em continuidade, observei os portfólios apresentados pelas colegas, realizando as devidas orientações. As atividades com os alunos vêm sendo muito bem desenvolvidas, conforme observo nos relatos das cursistas e anexos de trabalhos de alunos. Terminamos este encontro com a avaliação final.




domingo, 9 de agosto de 2009

Gestar II - Aperfeiçoamento




  1. IV ENCONTRO
    Oficina 6 – Unidades 11 e 12
    GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

    Neste IV encontro, realizado em 10 de julho de 2009, iniciamos nossas atividades às 13h30min, na Sala Municipal do Conselho. Distribui a pauta com as atividades propostas para a Oficina, onde abordamos o tema a partir dos estudos das Unidades 11 e 12 do TP3 – Gêneros e Tipos Textuais.

    Realizamos a seguinte dinâmica para a aproximação e integração inicial:

    Materiais: revista, tesoura, folha ofício colorida, esponja de aço (BomBril);
    Objetivos: aproximação e integração do grupo; ampla troca de conhecimentos entre os participantes e auto-conhecimento a partir do que eu vejo no outro.
    Desenvolvimento: cada participante pega uma folha de revista, faz um desenho e o recorta. Após, coloca esse desenho sobre a folha ofício, segurando-o firme e com a esponja de aço faz fricções de dentro do desenho para fora, afim de transpô-lo. Então, os participantes se trocam de folhas e cada um analisa e escreve na folha o porquê do colega ter realizado aquele desenho.
    Apresentação: cada participante apresenta o desenho, faz suas colocações e entrega para o dono, no caso, quando o grupo é pequeno já sabemos de que é o mesmo, dando-lhe um forte abraço.
    Conclusão (feita no final pelo coordenador): ao transpormos para a folha o que pensamos sobre o colega, estamos fazendo conclusões sobre nós mesmos, nosso auto-conhecimento.

    Observação: em nosso grupo praticamente, todas as ideias que pensamos sobre o outro colega, fizeram referências a nós mesmos. A dinâmica foi excelente.

    Reflexões teóricas

    Tendo-se em vista de que participamos, de 01 a 04 de julho do corrente ano, de nosso 16º Seminário Nacional de Educação que abordou o tema: – AS DIMENSÕES DA COMPETÊNCIA DO EDUCADOR, neste segundo momento, realizamos uma leitura dinâmica do texto “É aprendendo que se ensina” (Flora Guedes, Revista MundoEscola, pág.34-36, Ano 1-nº1/Abril/2009. Ed. Positivo), que abordou o seguinte assunto: “Professor que estuda motiva seus alunos. É capaz de implementar mudanças no seu meio, autoavaliar de forma crítica e reflexiva o seu trabalho e acompanhar o ritmo acelerado dos estudantes.”
    Nesse texto, também, uma professora mostra que é possível buscar a atualização contínua. A partir dessa leitura, fizemos uma retomada geral sobre as palestras e minicursos realizadas no Seminário, levantando-se discussões acerca dos temas. Destacamos aqui, o que foi mais específico de nossa área, em especial, o minicurso que abordou sobre as Práticas de leitura: uma perspectiva de mudança, ministrado pelo Ms. Adir Adams.

    “...É importante ressaltar que nosso município, visando abrir um espaço coletivo de discussão e busca de alternativas para melhorar a educação, vem realizando o Seminário desde 1991. Grandes nomes já contribuíram com esse processo de construção do conhecimento, dentre eles: Madalena Freire, Celso Vasconcellos, Esther Pillar Grosse, Gilberto Franco Kielling, Cipriano Carlos Luchesi, Dinarte Belatto, Fernando Becker, Vasco Moreto, Max Guinter Haetinger, Clarice Leal, Pedro Demo, Dan Baron Coehn e outros.”(Fátima Ehlert –Secretária Municipal de Educação de Giruá)

    Após a retomada do Seminário, convidei cada cursista a resumir, em uma única palavra, o que o mesmo significou para si, que frutos colheu e escrevê-la em nossa árvore, a qual estava exposta na sala. Algumas das palavras destacadas:
    Conhecimento, crianças, atualização, construção, caminhada, carinho, aperfeiçoamento, palestrantes ....

    Em continuidade, refletimos, a partir dos pontos de chegada, sobre os conteúdos das Unidades 11(página 98) e 12(página 142).
    Pontos em discussão:
    ►Inicialmente, retomamos pontos da Oficina anterior: conceito de trabalho; (trabalho X linguagem); gêneros textuais são as diferentes maneiras de organizar linguisticamente as informações num texto, adequado à situação sociocomunicativa em que é construído.

    Unidade 11- Tipos Textuais

    Pontos, elencados por mim, para discussão:

    ►Sequências tipológicas: descrição e narração: _ Caracterizar sequências tipológicas descritivas e narrativas:

    -Uma sequência descritiva pode ser comparada a um retrato, ou uma pintura; a ordenação dos fatos ou episódios não é relevante.
    -Já a narrativa pode ser comparada a um filme, caracteriza-se justamente pela evolução, dos fatos, pela mudança de estado, pelas relações de consequência.
    -Em virtude da mescla desses tipos num texto, só pelo reconhecimento da predominância de um deles, com uma leitura global do texto, é que se torna possível reconhecer as sequências.
    Sequências tipológicas injuntivas ou instrucionais (instruir o leitor/ouvinte sobre alguma coisa; verbo no modo imperativo) e preditivas (instruir o leitor/ouvinte acreditar em um estado de coisas que ainda está para acontecer); pode também acontecer a mescla.

    ►Sequências tipológicas expositivas e argumentativas como dois aspectos do tipo dissertativo.
    -Quando o tipo dissertativo caracteriza-se por descrever, interpretar, explicar ou expor ideias ou conceitos se trata de texto expositivo;
    -Quando o objetivo é fazer o leitor/ouvinte acreditar nas ideias , dizemos que o tipo é argumentativo.
    -Texto dissertativo: ideia central (tese); faz uso de citações de outras pessoas, como também pode fazer uso de outras sequências de outros tipos como parte do desenvolvimento de suas ideias.


    Unidade 12- A interrelação entre gêneros e tipos textuais

    A partir dos pontos de chegada: nesse momento, iniciamos pelos pontos de chegada, verificando-se a sua apreensão:
    ►Relacionar sequências tipológicas à classificação de gêneros;
    ►Analisar sequências tipológicas em gêneros textuais;
    ►Reconhecer a transposição de um formato de gênero textual para outro.

    Pontos para discussão, bem como, retomamos essa unidade a partir da leitura e reflexões dos “Resumindo”, das páginas 151, 163 e 173 deste TP3:

    _Tema transversal ainda foi o trabalho – nossa ferramenta: os signos ou *símbolos (*a palavra);

    _Tipos – interior do texto (porque são classificados segundo as estruturas linguísticas que compõem o plano composicional dos gêneros); gênero – *exterior do texto(*isso porque os critérios definidores de gêneros incorporam aspectos exteriores da utilização dos textos: os objetivos sociocomunicativos, os interlocutores, etc.);
    _É necessário reconhecer as sequências tipológicas que “preenchem” um gênero textual para entender os princípio que regem a organização e o funcionamento dos gêneros textuais.
    _Frase importante: “É difícil amar o que não se conhece”. Fazer com que o aluno conheça o gênero poético.
    _Todos nós, usuários de uma determinada língua, somos condicionados pela cultura, pela história de nossa língua, a fazer opções culturalmente direcionadas, a “escolher” o gênero adequado a cada situação sociocomunicativa;
    _A mescla que acontece entre tipos também acontece entre gêneros, seja por ironia, seja por brincadeira ou por qualquer outro propósito. Os gêneros textuais têm essa capacidade de adaptação a toda e qualquer situação sociocomunicativa. (leitura do quadro importante, pág. 169)
    _Na produção de textos na escola, busca-se sempre reproduzir gêneros que tem vida também fora dos limites escolares; por isso, a circulação de gêneros na escola deve ser muito variada para que seja possível essa articulação e as práticas escolares sejam as menos artificiais possíveis.
    Finalizamos esse encontro com as apresentações e discussões a partir dos “Avançando na Prática”, e avaliação final.

Gestar II - Momento de estudos


III ENCONTRO
Oficina 5 – Unidades 9 e 10
GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

O III encontro ocorreu no dia 26 de junho de 2009, iniciando às 17h30min, na sala de supervisão da SMEC, local este, onde realizaremos os nossos encontros quando os mesmos não ocorrerem em horário de expediente.

Inicialmente cada cursista recebeu a pauta com as atividades propostas para a Oficina, que abordou o tema a partir dos estudos das Unidades 9 e 10 do TP3 – Gêneros e Tipos Textuais. Após, fez-se a acolhida com a mensagem “Voar”, de Leonardo Boff:
VOAR
(Leonardo Boff)
Passamos uma vida presos,qual pássaros em suas gaiolas!Medo de amar, de olhar a vida de frente…E naquele pequeno espaço,cantamos nossas dores e sonhos!
Muitas vezes, as portas de nossas gaiolas se abrem…Mas permanecemos ali, acostumados, encolhidos às nossas vontades e sonhos!Não tenham dúvidas, amigos, à primeira oportunidade, devem alçar o vôo das águias, calmo, confiante, determinado!
Amem sem medo, brinquem um pouco com a vida!Não tenham medo dos rochedos e, sobre eles, estendam as suas asas corajosas de águia!soltem-se ao vento, e deixem-no levá-los ao sonho!
Como a águia, tente enxergar as pequeninas coisas a sua volta e saiba apreciá-las, dando um sentido novo à sua vida!Não sejam passarinhos de gaiola, mas, águias do céu !

Na primeira parte, fizemos as exposições de opiniões referentes ao tema, onde o grupo teve a oportunidade de colocar sobre suas dificuldades, tanto teórico, operacionais como qualquer outro tipo de manifestação. Observei que as cursistas não apresentaram muitas dificuldades com o uso dos TPs, nesse primeiro momento, ao contrário, muitos elogios com relação às teorias e aos conteúdos em geral.
Procurei reforçar nesse momento, a importância de ler todos os conteúdos de cada Unidade, bem como a realização de todas as atividades, pois isso vai reforçando nosso referencial teórico.

Alguns pontos, a seguir, foram levantados por mim para retomarmos essas Unidades-
Unidade 9 - Gêneros textuais: do intuitivo ao sistematizado:

_Tema motivador das quatro Unidades do TP3: trabalho. Com o apoio em textos que tratam do tema trabalho podemos refletir sobre os modos como esses textos, orais ou escritos, se apresentam; sobre suas características em relação ao contexto em que são usados = gêneros textuais.
_ Retomada dos pontos de chegada a partir do estudo de cada Seção, fazendo-se a leitura dos mesmos e verificando-se a sua apreensão, deixando que os cursistas expunham suas idéias.

Com relação a estes pontos, o que chamou atenção foram os termos competências linguística e sociocomunicativa, sendo esses de uso não muito comum em nossas práticas diárias até o momento.
→Identificar as diferenças e semelhanças na organização dos textos utilizados em diversos contextos de uso linguístico; (ao utilizarem o código linguístico na produção e interpretação ou leitura de textos, os sujeitos da linguagem também se envolvem em atividades de interação que “marcam” nos textos as condições em que estes são produzidos – competência sociocomunicativa);
→Relacionar gêneros textuais e competência sociocomunicativa; (toda comunicação se dá por texto e esse se realiza em um gênero, de acordo com a situação; gêneros estão ligados à natureza interativa do texto, ou seja, à sua funcionalidade, ao seu uso e é pelo desenvolvimento da competência sociocomunicativa que aprendemos a organizar e a identificar os diferentes gêneros textuais);
***Competência sociocomunicativa: capacidade para perceber, intuitivamente junto com as palavras e as estruturas sintáticas da língua, as diferenças na organização dos textos – óculos: por nossas diferentes formas de “ver”, agimos e reagimos; na linguagem, quando vamos aprendendo a falar e a escrever);
→Identificar características que levam à classificação de um gênero textual; (cada vez que nos expressamos lingüisticamente estamos “fazendo” algo social, estamos agindo, estamos trabalhando. Cada produção textual, oral ou escrita, realiza um gênero porque é um trabalho social e discursivo. As práticas sociais ou discursivas, por sua vez, determinam o gênero adequado.

Unidade 10 – Trabalhando com gêneros textuais


Nesta Unidade retomarmos os pontos de chegada, os quais foram considerados fáceis por parte do grupo de cursistas:
→Distinguir as características de gênero literário e de gênero não-literário;
→Caracterizar gênero poético, de acordo com as funções estéticas da linguagem;
→Caracterizar uma das formas de realização de gênero poético: o cordel.

Discutimos os seguintes pontos:
→Há diferentes maneiras em que são frequentemente organizadas as estruturas dos textos para que sejam consideradas pertencentes a gêneros diferentes; os textos literários e os não-literários possuem um conjunto de fatores que não podem ser considerados isoladamente;

→”Quando dominamos um gênero textual, não dominamos uma forma linguística, e sim uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares” L. A. Marcuschi

→A situação sociocomunicativa define o gênero (Ex. texto publicitário com certos caracteres de poema com a finalidade de fazer uma propaganda);

→Manuseio e leitura do texto “Cordel, a palavra encantada”, composto por seu histórico, conceitos e introdução em versos, material esse recebido na formação em Porto Alegre. (anexo1)

Avançando na prática: Em continuidade, as cursistas apresentaram o avançando na prática, lendo seus relatos e expondo sobre as atividades realizadas pelos alunos. Foram encaminhadas para casa a realização das propostas de atividades da página 191/192, tendo-se em vista de que foi o primeiro momento de relatos e isso ocupou bastante tempo em virtude da empolgação do grupo. Concluímos com a avaliação desse encontro.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009



GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA – GIRUÁ/RS


Ao receber o convite para dirigir-me a Porto Alegre participar da Formação inicial do GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA e ser Formadora no município, primeiramente, excitei em aceitar o convite por dois motivos: primeiro, porque eu ainda não conhecia a Capital, achando difícil ir para lá e, em segundo, principalmente, pelas grandes responsabilidades que viriam pela frente tendo-se em vista minha carga horária semanal ser de 40h.
Porém, as correspondências foram chegando e a vontade de estar lá, participando da formação também, pois tinha a plena convicção da importância de nos aperfeiçoarmos continuamente. O interessante deste Programa também, na minha opinião, seria o de conviver durante aquele período com colegas de diferentes lugares, novas culturas, a troca de experiências, bem como as reflexões sobre uma nova prática de ensino; sendo assim, acabei aceitando o convite.

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
(Mário Quintana)

É importante salientar também que, como professora de Língua Portuguesa, a curiosidade em saber como trabalhar todo aquele riquíssimo material que já se encontrava na Secretaria Municipal de Educação me impulsionou. Abria os livros, lia-os e queria saber mais sobre os mesmos. Tanto é que, mais adiante, exponho aqui toda a minha angústia vivida no início da Formação.
Chegando na UniRITTER/POA, local onde realizamos a 1ª Etapa da Formação, participamos da abertura do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II, com apresentação da UNDIME, da SEC/POA, da Universidade de Brasília e do MEC, com a presença da Senhora Helena Costa Lopes de Freitas, Coordenadora Geral de Formação de Professores – CGFORM.
Durante a abertura, inicialmente, chamou-me atenção alguns questionamentos feitos com relação a nós professores e nossos alunos no que se referem a suas permanências na escola: “estamos, talvez nos colocando um pouco acima de um patamar e não estamos conseguindo atingir com nossas falas nossos alunos, com o que lhes ofertamos?...; como nós professores vamos agir com nossos alunos para motivá-los e fazer com que fiquem na escola, uma vez que, lá fora as atrações são muitas e não podemos perdê-los paras “esses grupos negativos” de fora?...”. Foi salientado que precisamos trabalhar na construção de um cidadão que responda como ser humano, digno, conhecedor de seus direitos e deveres e que saiba se posicionar; sendo assim, estaremos fazendo nossa diferença como professores.
Outro ponto de suma importância foi a apresentação do grupo “Contadores de história”, onde podemos ver que a união de esforços fez elevar a autoestima daquelas crianças uma vez que apresentavam-se maravilhosamente bem. Para nós professores, essas práticas servem de exemplo e nos levam a reflexões diversas, pois também temos realidades semelhantes em nossos municípios; é importantes ressaltar aqui, que as apresentações foram realizadas com histórias, cantinhos, poesias e outras atividades por nós conhecidas, porém o que fez a diferença foi a maneira como foram trabalhados - levemos isso como excelente sugestão. Após, foi-nos apresentado o Programa e nos encaminhamos às salas para darmos início aos estudos de aperfeiçoamento.
Iniciamos a semana de trabalhos. Havia mais de trinta colegas presentes, de diferentes cidades gaúchas, cada uma com seu sotaque e cultura, o que fez de nossos encontros, por si só, uma aula de conhecimentos. Particularmente, tinha muitas dúvidas e angústias, e queria aprender a trabalhar com os “TPs e AAAs” logo de início. Porém, o professor Maurício Santos – natural de Brasília/Taguatinga, candango com brasiliense, sotaque baiano – teve toda uma postura diferenciada no decorrer das atividades, para fazer-nos entender como se daria a caminhada com o GESTAR II.
Posso destacar que o professor nos reforçou que, antes de irmos diretamente à teoria, há toda uma parte humanística para nos preocuparmos. Foi no transcorrer das diferentes atividades realizadas nesses cinco dias que pude observar que a caminhada no Programa GESTAR II de Língua Portuguesa se constrói, que as teorias que tanto me angustiavam, foram trabalhadas de forma democrática e amorosa, sem serem maçantes. E é exatamente por aí que, como trabalhadores da língua materna, temos que trabalhar para “conquistar” nosso aluno, que muitas vezes nos diz que não gosta de “Português” e continuamos nas mesmices. Como professores temos que ser o ágora e propor caminhos para serem trilhados juntos. ...”Temos que proporcionar ao nosso aluno espaços para que eles se desenvolvam de forma harmoniosa, tornando-se autônimos, cooperativos, críticos e criativos”.
Destaco aqui uma frase muito bonita de Thiago de Melo que diz:
“Não tenho um caminho novo, mas um novo jeito de caminhar”,
Assim eu defino hoje o que passou a ser para mim o trabalho com o Programa GESTAR II. As respostas só virão no decorrer do caminho, quando, nos momentos de estudos individuais estiver me preparando para atuar junto aos meus colegas cursistas. Tenho consciência que os desafios serão muitos, mas acredito também que haverá jeitos de se caminhar.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO PROGRAMA DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II – I ENCONTRO

No dia 28 de maio, eu – Formadora Municipal, Prof.ªSandra Pimmel – e minha colega da área de Matemática – Formadora Municipal, Prof.ª Marlene Tyllmann – realizamos a primeira reunião para apresentar o Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II (em slides), na qual se fizeram presentes os profissionais das respectivas áreas, o Coordenador do Programa junto à SMEC, professor Jarbas Felício Cardoso e a Secretária Municipal de Educação do município, professora Fátima Anise Rodrigues Ehlert, os quais foram recepcionados com uma bela mensagem, conforme cópia abaixo exposta.
Inicialmente, a Secretária deu as boas-vindas aos presentes e salientou a importância da participação de todos na formação em prol de uma melhoria na qualidade do ensino público, uma vez que o município aderiu ao Programa, explanando que o mesmo faz parte do PAR/PDE Escola.
Salientamos que os professores foram convidados e incentivados a participar da Formação e, em virtude de horários os encontros serão definidos no final de cada Oficina. A princípio estarão participando nove professores da Rede Municipal de Ensino na área de Língua Portuguesa. Após apresentação, cada grupo dirigiu-se a uma sala com a respectiva formadora.
Em meu grupo, de Língua Portuguesa, foram distribuídos e manuseados os materiais, mantendo-se um primeiro contato com os mesmos. Foi marcado então o primeiro encontro, que ficou para o dia 10/06/2009, às 17h30, no mesmo local, para estudo do Guia Geral, encerrando-se esta reunião.
Após a mensagem, segue cópia da lista de presença com assinatura dos professores (cursistas) de Língua Portuguesa.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
COLEGA!
“Imagine a vida como um jogo no qual você faz malabarismos com
cinco bolas que lançam ao ar.
Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.
O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula
para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão
e ficarão permanentemente danificadas.
Entenda e busque o equilíbrio na vida.
Como?
Não diminua seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas.
Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.
Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante,
se você tem condições de escolher o que é melhor para si.
Dê valor e respeite as coisas mais queridas ao seu coração.
Apegue-se a elas como a própria vida; sem elas a vida carece de sentido.
Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro.
Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de sua vida.
Não desista quando ainda é capaz de um esforço a mais.
Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.
Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para onde vai.
Mantenha a calma.
Não tenha medo de aprender.
O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente.
Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Não dá para recuperá-los.
A vida não é uma corrida,
mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.”
Com carinho!
Professoras Formadoras Sandra Pimmel e Marlene Tyllmann.

SMEC/REUNIÃO GESTAR II - 28/05/2009

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO PROGRAMA DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
– GESTAR II – II ENCONTRO


No dia 10 de junho/2009, a partir das 18h, o grupo do Gestar II de Língua Portuguesa da rede municipal de Giruá reuniu-se para estudo do Guia Geral do Programa. Inicialmente foram feitas reflexões a partir da poesia:

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
(Mário Quintana)

Iniciou-se então o estudo do Guia Geral, de forma dinâmica e solucionando-se as dúvidas. No decorrer das leituras as dúvidas foram surgindo e solucionadas. Foi salientada a importância da criação do portfólio, individual, bem como do projeto os quais serão construídos no decorrer dos trabalhos. Nos próximos encontros salientou-se que as dúvidas com relação à criação dos materiais exigidos (portfólio e projeto) seriam retomadas e solucionadas junto ao grupo.
Após foram encaminhados os estudos a serem realizados no TP3, Unidades 9 e 10, para o próximo encontro, que ficou marcado para o dia 26 de junho, às 13h30min.
Em continuidade às atividades, como no dia 12 de junho seria o “Dia dos Namorados”, cada professor recebeu um envelope contendo uma poesia de amor, de nossos escritores poetas, escolhidas carinhosamente conforme segue abaixo. Com um fundo musical, cada professor abriu seu envelope e leu sua poesia; após apresentou-a aos colegas. Esta dinâmica foi bastante elogiada pelos colegas cursistas, afinal trabalhou-se na prática e de maneira envolvente o gênero textual “poesia”, sendo esse um dos conteúdos que compõem as Unidades 9 e 10 a serem estudadas e feitas as práticas para a próxima Oficina.
Também foi propiciado aos cursistas o manuseio de gêneros textuais diversos (folders, panfletos, folhetos, cartões, cartazes, envelopes timbrados, recortes de gêneros retirados de jornais) e sugeridos o trabalho com a análise dos mesmos, através de dinâmica, observando-se os tipos de portadores de texto referentes.
Na oportunidade discutiu-se sobre folhetos e panfletos, se há diferenças entre os mesmos ou não. Uma das cursistas trará para o próximo encontro um trabalho já realizado em sala de aula sobre folhetos, bem como pesquisa sobre os mesmos.
Finalizando esse segundo encontro, tomamos um chá, momento em que presenteei cada colega cursista com um enfeite de cuia com o símbolo do GESTAR II, uma vez que o chimarrão faz parte de nossas tradições gaúchas e integra nossas rodas de estudos, pois é símbolo da amizade: “se ao chegar na casa de um gaúcho, este lhe servir um chimarrão, é sinal de que és bem vindo”!